Análise: Cruzeiro 1(3) x (2)0 Grêmio
Mano Menezes e Renato Portaluppi sabiam que, após o 1 a 0 de Porto Alegre, o confronto de volta entre Cruzeiro e Grêmio, pela semi-final da Copa do Brasil, teria um viés muito estratégico, no qual os detalhes fariam a diferença. Se por um lado a necessidade de fazer gols obrigava a equipe cruzeirense a tomar a inciativa, um tento do Grêmio, que possui um padrão muito consolidado e sabe o que quer dentro do jogo, praticamente selaria a classificação do tricolor gaúcho.
Com isso em vista, Mano mexeu na estrutura da equipe. Sacou Rafael Sóbis, de atuação bastante apagada na Arena, e colocou Elber na ponta direita. Com Alisson no lado oposto, centralizou Robinho e Thiago Neves com o intuito de fortalecer o meio de campo, onde o Grêmio costuma construir seu jogo com qualidade. Embora interessante na teoria, a prática mostrou um Cruzeiro que, apesar da força nas entrelinhas, teve muita dificuldade de infiltração no terço final. Isso decorreu, evidentemente, da ausência de um atacante para prender os defensores gremistas, mas também de uma movimentação que mostrou carência pelo ineditismo.
De fato, a única boa oportunidade da raposa, dentro da área, no 1º tempo, aconteceu aos 32 minutos, quando Alisson infiltrou entre Edilson e Bressan e, após grande cruzamento de Robinho, cabeceou para a defesa de Marcelo Grohe. Até aquele momento, as demais finalizações do Cruzeiro haviam sido de fora da área, e o Grêmio tinha perdido chance clara com Barrios, após Luan enfiar ótima bola no espaço vazio deixado pelo zagueiro Murilo. Além dessa oportunidade, a equipe de Renato Portulappi controlava bem o jogo, ora cadenciando, ora buscando a jogada mais vertical, especialmente pelos flancos. No lado direito, foram pelo menos duas boas ocasiões em que havia espaço, mas o acabamento de Ramiro acabou sendo ruim.
Na volta do intervalo, a entrada de Raniel deixou claro a intenção de Mano em tornar sua equipe mais aguda. A tentativa deu certo, porque Bressan e Kannemann, até então tranquilos no jogo, passaram a ter alguém com quem se preocupar. E Raniel incomodou. Mesmo sem participar muito com a bola, sua presença tornou o jogo mais físico, menos cadenciado, o que acabou levando o Cruzeiro para o abafa. E, nas sequências de bolas paradas, a dificuldade do Grêmio nessa fase do jogo ficou evidente. A marcação individual do time de Renato ruiu frente à superioridade física do Cruzeiro. Em escanteio cobrado por Thiago Neves, Hudson se desvencilhou com extrema facilidade de Edilson para abrir o placar. Na sequência, o mesmo Edilson falhou em novo escanteio, permitindo que Raniel finalizasse com um voleio que passou perto da meta de Grohe. Mais tarde, a defesa gremista não conseguiu afastar cobrança de falta lateral e por pouco Thiago Neves não completou para o gol.
O 2º tempo gremista, no geral, foi bem abaixo de sua média. Sofrendo nas bolas paradas, o tricolor gaúcho não conseguiu reter a bola como o habitual e, com a substituição promovida por Renato - Everton no lugar de Barrios -, perdeu também a disputa pela primeira bola, algo necessário perante à marcação alta que o Cruzeiro passou a impor. De maneira semelhante à segunda etapa de Porto Alegre, em que, embora tenha controlado o jogo, pouco criou, em Belo Horizonte o Grêmio sequer finalizou contra a meta de Fábio nos 45 minutos finais.
Talvez aí esteja o principal ponto a ser analisado, mais do que a disputa por pênaltis que veio na sequência. De qualquer modo, as duas defesas de Grohe não foram suficientes diante da ineficiência de Everton, Edilson e Luan. O último, aliás, efetuou uma cobrança que pode desmistificar a tese de que pênalti é apenas "loteria": das suas últimas 7 cobranças, Luan bateu 6 no mesmo lugar. Fábio devia saber disso e defendeu a cobrança do gremista para que, logo depois, Thiago Neves convertesse e garantisse o Cruzeiro na final da Copa do Brasil.
Com isso em vista, Mano mexeu na estrutura da equipe. Sacou Rafael Sóbis, de atuação bastante apagada na Arena, e colocou Elber na ponta direita. Com Alisson no lado oposto, centralizou Robinho e Thiago Neves com o intuito de fortalecer o meio de campo, onde o Grêmio costuma construir seu jogo com qualidade. Embora interessante na teoria, a prática mostrou um Cruzeiro que, apesar da força nas entrelinhas, teve muita dificuldade de infiltração no terço final. Isso decorreu, evidentemente, da ausência de um atacante para prender os defensores gremistas, mas também de uma movimentação que mostrou carência pelo ineditismo.
De fato, a única boa oportunidade da raposa, dentro da área, no 1º tempo, aconteceu aos 32 minutos, quando Alisson infiltrou entre Edilson e Bressan e, após grande cruzamento de Robinho, cabeceou para a defesa de Marcelo Grohe. Até aquele momento, as demais finalizações do Cruzeiro haviam sido de fora da área, e o Grêmio tinha perdido chance clara com Barrios, após Luan enfiar ótima bola no espaço vazio deixado pelo zagueiro Murilo. Além dessa oportunidade, a equipe de Renato Portulappi controlava bem o jogo, ora cadenciando, ora buscando a jogada mais vertical, especialmente pelos flancos. No lado direito, foram pelo menos duas boas ocasiões em que havia espaço, mas o acabamento de Ramiro acabou sendo ruim.
Na volta do intervalo, a entrada de Raniel deixou claro a intenção de Mano em tornar sua equipe mais aguda. A tentativa deu certo, porque Bressan e Kannemann, até então tranquilos no jogo, passaram a ter alguém com quem se preocupar. E Raniel incomodou. Mesmo sem participar muito com a bola, sua presença tornou o jogo mais físico, menos cadenciado, o que acabou levando o Cruzeiro para o abafa. E, nas sequências de bolas paradas, a dificuldade do Grêmio nessa fase do jogo ficou evidente. A marcação individual do time de Renato ruiu frente à superioridade física do Cruzeiro. Em escanteio cobrado por Thiago Neves, Hudson se desvencilhou com extrema facilidade de Edilson para abrir o placar. Na sequência, o mesmo Edilson falhou em novo escanteio, permitindo que Raniel finalizasse com um voleio que passou perto da meta de Grohe. Mais tarde, a defesa gremista não conseguiu afastar cobrança de falta lateral e por pouco Thiago Neves não completou para o gol.
O 2º tempo gremista, no geral, foi bem abaixo de sua média. Sofrendo nas bolas paradas, o tricolor gaúcho não conseguiu reter a bola como o habitual e, com a substituição promovida por Renato - Everton no lugar de Barrios -, perdeu também a disputa pela primeira bola, algo necessário perante à marcação alta que o Cruzeiro passou a impor. De maneira semelhante à segunda etapa de Porto Alegre, em que, embora tenha controlado o jogo, pouco criou, em Belo Horizonte o Grêmio sequer finalizou contra a meta de Fábio nos 45 minutos finais.
Talvez aí esteja o principal ponto a ser analisado, mais do que a disputa por pênaltis que veio na sequência. De qualquer modo, as duas defesas de Grohe não foram suficientes diante da ineficiência de Everton, Edilson e Luan. O último, aliás, efetuou uma cobrança que pode desmistificar a tese de que pênalti é apenas "loteria": das suas últimas 7 cobranças, Luan bateu 6 no mesmo lugar. Fábio devia saber disso e defendeu a cobrança do gremista para que, logo depois, Thiago Neves convertesse e garantisse o Cruzeiro na final da Copa do Brasil.
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